sábado, 7 de abril de 2012


O QUE DIFERENCIA O PSICANALISTA DO PSIQUIATRA E DO PSICÓLOGO
M. Souza e Lenne Banhos

O psiquiatra é um médico cuja experiência lhe permite avaliar a gravidade de uma patologia mental, examinando o estado neurológico do paciente e, se necessário, prescrevendo-lhe remédios químicos eficazes para acalmar os distúrbios. Atua, portanto, com os doentes. Já o psicólogo ocupa-se, sobretudo, com a população sadia, administrando testes para avaliar as aptidões dos indivíduos que ele tem que examinar, tais como a inteligência, a habilidade manual, a sensibilidade, a personalidade, etc. e, ainda, fazendo psicoterapia, ou seja, uma série de entrevistas com objetivo terapêutico, onde se visam os problemas conscientes a realidade atual e como enfrentá-la. A psicoterapia opera mais na superfície e mais rápido porque só é evocado o que não está bem atualmente para que se possa entender a dificuldade e resolvê-la: não se evoca tudo o que vem à mente. O psicanalista trabalha apenas com o inconsciente, pedindo ao paciente que fale tudo o que pensa e sente. Estabelece com o psicanalisando uma relação imaginária mediante a qual o paciente revive inconscientemente suas experiências passadas, refazendo sua história. Uma psicanálise pode ser um trabalho longo em que o objetivo direto é tratar e, também, tornar o paciente mais fortalecido psiquicamente, de sorte a encontrar meios menos prejudiciais de abordar a sensação de vazio e desamparo que o acompanham desde o nascimento, enfim, como diz o velho ditado:

 Não se pode mudar a direção do vento,
mas pode-se alterar a posição das velas”. 

PARA QUE SERVE A PSICANÁLISE
M. Souza e Lenne Banhos



É preciso, ainda, que se diga que todo ser humano é único e que, portanto, a psicanálise é individual, considerando cada sujeito na sua subjetividade e na sua singularidade, vez que cada um tem a sua história e o seu modo próprio e subjetivo de reagir e interagir com o meio ambiente em que vive e com as pessoas de suas relações. Assim, o que é bom para alguns, pode ser ruim para outros, o que serve para muitos pode não servir para tantos outros. Por isso, a psicanálise se utiliza apenas de duas técnicas: a da associação livre e a da atenção flutuante, técnicas essas, que só valem diante de cada sujeito e para cada um, individualmente.
A psicanálise serve para o autoconhecimento. Conhecendo-se, o sujeito desvenda em si os desejos que o movem, que o impulsionam ou o fazem tropeçar. Aprende a lidar com eles, realizá-los quando possível e a conviver com eles quando inoportunos ou inaceitáveis socialmente. Descobre a importância de viver os seus desejos, e não os que lhe foram impostos pelos outros. Apazigua-se e convive em paz com os seus semelhantes.



O QUE É A PSICANÁLISE?
   M. Souza e Lenne Banhos

Muito se tem dito acerca da Psicanálise e não é exagero afirmar-se que todos têm idéia do que ela seja. No entanto, algumas pessoas se equivocam ao pensar que a psicanálise é algo voltado para “loucos”. Embora ela trate do psiquismo, não está voltada para os famigerados loucos. Ao contrário, a psicanálise cuida das pessoas consideradas normais e que, habitualmente, convivem entre nós na família, na escola, no trabalho, nos locais de lazer, enfim, na sociedade como um todo, mas que apresentam algum sintoma psíquico que as impede de usufruir da vida como realmente gostariam de viver, sintoma esse que lhes causa um sofrimento, seja por não saber o que dizer ou fazer quando para isto são chamadas, seja por desconhecer as causas do insucesso ou fracasso daquilo que tanto desejam e não conseguem alcançar ou realizar. Outras, ainda, sequer sabem o que querem ser ou ter e se sentem infelizes, deprimidas ou indiferentes, atribuindo aos outros ou ao “destino” a razão do seu estado e do seu sofrimento, sem ao menos tentar saber por que isso lhe acontece. E assim, cada vez mais ouvimos falar em depressão, pânico, fobia social, ansiedade, etc. A lista de patologias é imensa. Quando as pessoas vitimadas por essas “doenças” vão ao médico, em geral, não obtêm mais do que uma prescrição de remédios que, na maioria das vezes, custam caro e não resolvem os problemas psíquicos e emocionais.
A Psicanálise de Freud, além de ser uma ciência – assim como a Medicina, a Psicologia, a Filosofia, etc. – é também uma técnica através da qual se produz a escuta analítica, ou seja, um espaço onde o paciente diz ao analista tudo aquilo que lhe vem à cabeça e, mediante um processo chamado associação livre, vai associando e resgatando situações e lembranças vividas no passado e que ficaram reprimidas no inconsciente, motivando as angústias e conflitos vividos no presente. A escuta psicanalítica é feita sem qualquer crítica ou julgamento acerca daquilo que o paciente fala. Através dela o paciente “se ouve”, surpreende-se com aquilo que fala e passa a apreender outros sentidos possíveis para suas “mazelas”. Nesse processo, o (a) psicanalista interpreta o material analítico trazido pelo paciente não somente pelas associações livres como também pelos sonhos, atos falhos, lapsos e sintomas. O paciente, então, encontra as respostas para as questões que ele próprio se formula, implica-se na resolução de sua vida, muda de posição subjetiva e passa a se responsabilizar pelas próprias vicissitudes.




segunda-feira, 19 de março de 2012


*      PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO: UMA POSSIBILIDADE DE INTERSECÇÃO
Proposição do diálogo entre Psicanálise e Educação submetendo as questões educativas à luz dos conceitos Psicanáliticos, na análise da posição do educador frente aos impasses educativos e suas diferentes funções, sejam elas facilitadoras ou impeditivas à transmissão do conhecimento, traçando um breve estudo sobre o mal estar docente e as bases sobre as quais ele se desenvolve.

*      A FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA E A EDUCAÇÃO (PARENTALIDADE)
Contribuições aos educadores para reflexão a respeito de contextos familiares no século XXI; na função e laços parentais; na família e a escola frente aos problemas de aprendizagem; a constituição desses sujeitos numa visão (psico) pedagógica e psicanalítica.



*             PSICODRAMA ANALÍTICO - SUAS POSSIBILIDADES COM CRIANÇAS
QUE APRESENTAM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Propiciar a reflexão sobre como o psicodrama permite que o sujeito se constitua como seu próprio interprete, ajudando-o a reconhecer seu idioma particular.   Analisar que é uma ferramenta preciosa e cada vez mais necessária para as questões da aprendizagem sendo a arte de ver-nos a nós mesmo, a arte de ver-nos vendo, de ver-nos criando.  Compreender que o espaço de aprendizagem é o espaço lúdico onde pode situar o psicodrama. O atendimento em grupo, através do psicodrama analítico, às crianças e  jovens com problemas de aprendizagem, pode favorecer o sucesso escolar, interrompendo o ciclo de fracasso no qual estão inseridas.